domingo, 3 de julho de 2011
A problemática do trânsito é antiga, já vicejava em meados do primeiro século antes de Cristo, quando o imperador Júlio César baniu o tráfego de “rodas” durante o dia e limitou o número de carruagens que poderiam entrar na cidade. Era a primeira medida da História visando a melhorias neste âmbito. Atualmente o grande óbice para a harmonia enquanto nos deslocamos, diferentemente da Roma Antiga, é a violência, a aspereza nas relações...
Tornou-se habitual ouvirmos, diariamente, notícias tétricas envolvendo o trânsito. A cada ano que passa a velocidade que nossos automóveis empregam batem novos recordes, de intensidade e de mortes. Certamente este problema não pode ser ignorado ou preterido, face o nível periclitante a que chegou.
Muitas são as causas apontadas para explicar o comportamento agressivo e inconsequente ao qual estamos acostumados a nos deparar. Isso se justifica, pois, geralmente, quando um problema social conquista repercussão e notoriedade devido a sua importância – como é o caso - é uma junção de fatores que o levam a obter tamanha propalação.
O número elevado de carros, a insuficiência de vias qualificadas para o tráfego, a intolerância e o espírito de competição, são motivos de relevante contribuição para que a violência impere, como uma forma natural de agir enquanto dirigimos ou simplesmente transitamos pelas ruas. Ela, violência, deve ser encarada, portanto, como uma conseqüência e não como causa.
Há cada vez mais estímulos para a fomentação de espíritos belicosos, já que tudo atualmente é competição. Desde cedo aprendemos que devemos sobrepujar; sermos mais fortes, mais velozes, mais inteligentes... Com o advento da tecnologia, os dias passam com a velocidade de um supersônico e nossos interesses constituem nossa causa maior, onde, por diversas vezes, olvidamos de valores indispensáveis e relativamente simples, como compreensão, educação e tolerância. Assim como de gestos cordiais, afinal, quem tem tempo pra isso?
Sem falsos romantismos, a tendência é que este processo se acentue. Ele até pode ser combatido através de medidas governamentais inteligentes, no entanto, seriam apenas paliativos, porque a única forma de solucionar a questão da violência - não apenas no trânsito, mas também em outros segmentos - é evoluirmos em conjunto, cooperativamente. Dando vazão aos princípios que são necessários para uma boa convivência e lembrando que nosso umbigo não é o centro do mundo. Este é o melhor atalho para que a tranqüilidade seja a constante no trânsito, onde possamos trilhar caminhos pacíficos, ausentes de sangue entre as suas esquinas.
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