quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Esboço sobre Revolução Francesa

A Revolução Francesa é um marco em nossa História, não à toa designa o início do período contemporâneo. Foi o trampolim propulsor para chegarmos à sociedade atual, em todos os âmbitos. Seja ele político, social, cultural ou econômico. No entanto, e econômico é que merece mais ênfase depois do cultural para que entendamos as razões pelas quais houve esse descontentamento, pois toda revolução tem em sua base inconformidade com o tangível e atual. A maior causa foi econômica, pois as razões sociais geralmente não são suficientes de fazê-lo de forma isolada. Durante o período, rapidamente o capitalismo ganhava terreno, ia superando por completo o feudalismo; este modelo tão obsoleto oriundo das profundezas da Idade Média. Nos anos subseqüentes o arquétipo capitalista evoluiu juntamente com a população, tornando-se aceito e adaptado às suas exigências.

Bem, foi supracitada a palavra “exigências”.

Como assim?

Há alguns anos ninguém era capaz de exigir bulhufas. Pois toda exigência de mudança é contestadora, e toda contestação tem uma base inquisitiva e racional. Outrora não havia esse suporte. A Revolução Francesa se tornou viável através do racionalismo que era injetado aos poucos na população, pelos iluministas. Sua intenção era valorizar a razão. Parafraseando Kant, o intento era extirpar a tutelagem que o homem se auto-impôs. O lema era liberdade, fraternidade e igualdade. Estes valores se encaixam perfeitamente com as idéias burguesas e com os ideais da Revolução. Curioso, não?

O Iluminismo foi uma reedição mais completa e focada do Renascimento. Onde a razão era superestimada e vista como o único meio para o crescimento da humanidade, além de ser o único meio de empreender instituições mais justas e funcionais. A população assimilou sua filosofia. É preciso que haja a percepção de que todos os fatos históricos e épicos, capazes mudar os rumos da civilização e nortear novos horizontes, não advêm ao acaso, de forma instantânea. São erigidos aos poucos, evolutivamente. Percebe-se isso quando se estuda Reforma Religiosa, Renascimento, Iluminismo, e por fim, Revolução Francesa: a maior conseqüência dos três primeiros. Ouso afirmar.

Estas foram rápidas e displicentes pinceladas. O tema, para ser bem dissertado e debatido, merece horas a fio de dedicação... Mesmo assim, com essas escassas palavras, uma revelação já se faz presente, tenho certeza. O que a História é capaz de nos desvendar! É através dela que entendemos nosso presente, pois o atual é apenas uma conseqüência do que já foi vivenciado.

Quer conhecer teu passado, presente e ter “previsões” mais precisas sobre teu futuro? Debruça-te sobre os enveredados e fascinantes livros de História.

2 Comentários:

Blogger Mariana Radünz disse...

Ivens, tive realmente uma aula de história lendo esse post. Pena que eu só li depois que já tinha feito a prova oaijsoiajsoiajs. Concordo plenamente sobre tudo o que tu dissertou sobre a Revolução Francesa, e posso afirmar que foi o conteúdo de história que eu mais aprendi esse ano. Ótimo post, como todos os outros, beijos *-*

8 de dezembro de 2010 às 13:12  
Anonymous Anônimo disse...

ótimo texto, saudade do j.c.

3 de março de 2012 às 19:28  

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